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Trabalhadores são resgatados de condições análogas à escravidão em MS

PCMS

 

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul resgatou, na terça-feira (19), seis trabalhadores mantidos em condições análogas à escravidão em uma fazenda a cerca de 35 quilômetros da área urbana de Brasilândia. Durante a ação, dois gerentes da propriedade foram presos em flagrante e permanecem detidos, à disposição da Justiça Federal.

Vítimas receberam apoio imediato

As vítimas, vindas de outros estados, foram encaminhadas ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), que providenciou abrigo, alimentação e acompanhamento especializado. Segundo a polícia, todos viviam em situação de extrema vulnerabilidade e exploração.

Condições degradantes

A investigação apontou que os trabalhadores eram submetidos a jornadas exaustivas de segunda a sábado, descansando apenas aos domingos. Eles eram alojados em currais e depósitos insalubres, sem acesso a transporte adequado ou condições mínimas de higiene.

Relatos indicam que, em caso de necessidade médica, precisavam caminhar longas distâncias até chegar à cidade. Além disso, eram obrigados a comprar alimentos e itens de higiene dos próprios empregadores, que descontavam os valores de seus salários — limitados a um salário mínimo. Muitos sequer possuíam cobertores para enfrentar o frio.

Tentativa de ocultação

Momentos antes da chegada das equipes policiais, cinco trabalhadores foram retirados da fazenda em uma tentativa de ocultar provas da exploração. No entanto, eles foram encontrados em uma praça pública.

Imagens, vídeos e laudos periciais coletados na operação confirmaram a situação desumana em que as vítimas eram mantidas.

Declaração da Polícia Civil

O delegado Rafael Montovani, responsável pela ação, destacou que a apuração ainda não terminou:

“As investigações prosseguem para apurar todas as responsabilidades e identificar outras possíveis vítimas exploradas na região”, afirmou.

Ele também reforçou a posição da instituição:

“A Polícia Civil reafirma seu compromisso com a defesa da dignidade da pessoa humana e o combate à exploração criminosa”.

Responsabilização

Os dois gerentes presos foram autuados em flagrante e devem passar por audiência de custódia. A operação, segundo a Polícia Civil, reforça a luta contra o trabalho escravo contemporâneo em Mato Grosso do Sul.


Por: Redação  - Jornal A Princesinha News 

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