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17 m0rtes por síndromes gripais em Aquidauana expoem falhas na saúde

Foto: Hospital de Aquidauana 

 

Enquanto o frio avança e os riscos de doenças respiratórias aumentam, dados recentes revelam um cenário alarmante que, embora previsível, parece ter sido ignorado pelo poder público em Aquidauana. O último boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, no final de maio, escancara números preocupantes sobre síndromes gripais na cidade — reflexo de uma gestão que continua agindo somente após o agravamento da situação.

De acordo com o relatório, 17 mortes já foram registradas neste ano em decorrência de síndromes gripais graves: quatro causadas por Influenza, duas por outros vírus respiratórios, uma por Covid-19 e dez sem causa especificada. A elevada quantidade de óbitos não identificados com precisão chama atenção para possíveis falhas nos processos de investigação e diagnóstico, dificultando estratégias mais eficazes de combate.

Além disso, o boletim aponta 545 notificações de síndromes gripais leves, das quais 68 foram confirmadas como Influenza e 32 como Covid-19. Já as internações por formas graves da doença somam 82 casos, sendo 19 por Influenza, 22 por outros vírus respiratórios, quatro por Covid-19 e 37 não especificadas.

Embora a Secretaria de Saúde tenha alertado para o crescimento expressivo dos casos, especialmente causados pelo vírus Influenza, a resposta institucional ainda é tímida. Faltam campanhas de conscientização mais abrangentes, ações preventivas visíveis e um plano de contingência adequado para o período mais crítico do ano.

A vacina contra Influenza está, segundo o município, disponível em todas as Unidades de Saúde da Família (ESFs) para pessoas a partir de seis meses de idade. No entanto, a baixa adesão à imunização revela também uma deficiência na comunicação entre poder público e população.

Com o inverno chegando, a tendência é de que os casos aumentem. O uso de máscaras, a busca rápida por atendimento médico ao apresentar sintomas como febre, tosse e cansaço, e a vacinação são medidas fundamentais — mas que, sem incentivo real do poder público, acabam ficando apenas no papel.

Enquanto isso, a população enfrenta o peso de um sistema que reage tarde demais. As 17 vidas perdidas até aqui deveriam servir de alerta — mas, pelo ritmo das ações, correm o risco de se tornar apenas mais uma estatística na crônica do descaso.


Por: Redação  - Jornal A Princesinha News 

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A Princesinha News - Aquidauana - Mato Grosso do Sul

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