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Sueli, de 64 anos, enfrenta o momento mais difícil de sua vida: a perda trágica do filho Denis Lincoln Bentos Depetriz, de 48 anos. Sem aposentadoria, sem plano funerário e com poucos recursos, ela saiu de Anhanduí neste sábado (12) para pedir ajuda à Secretaria de Assistência Social (SAS) de Campo Grande. Seu apelo é simples, mas carregado de dor: quer sepultar o filho com dignidade, no lugar onde construíram a vida juntos.
Denis foi encontrado morto na manhã de sábado, às margens de um córrego próximo a uma ponte da BR-163. O corpo estava nu, coberto de lama e já apresentava sinais de decomposição. A cena, que chocou até mesmo os agentes envolvidos na busca, deixou a mãe devastada. Sueli não quer que o filho tenha um enterro distante, em um lugar estranho. “Quero ele perto de mim, onde ele me ajudou a crescer, onde tenho meu terreno, meus bichos. Quero que ele descanse aqui”, implora.
As circunstâncias da morte de Denis são cercadas de suspeitas. Segundo relato da mãe e informações da ocorrência, ele havia saído com dois conhecidos para tomar banho no rio, na quinta-feira (10). Apenas os dois homens voltaram — um deles, identificado como "Pica Pau", retornou coberto de lama, alegando estar sendo procurado pelo DOF (Departamento de Operações de Fronteira).
Enquanto Sueli procurava desesperadamente pelo filho, um desses amigos chegou a ser abordado pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) e chegou a levar os agentes até o córrego — mas, naquela ocasião, o corpo ainda não havia sido encontrado, e ele foi liberado.
Foi apenas no sábado que a GCM e a Polícia Militar, com ajuda da família, localizaram Denis sem vida. Além dos sinais de violência na cabeça, o corpo apresentava marcas suspeitas, como feridas e larvas na região genital. A perícia recolheu um pedaço de madeira, um par de chinelos vermelhos e uma embalagem de cachaça no local. O cenário aponta para a possibilidade de homicídio.
Até o momento, um dos suspeitos segue foragido. O caso está sendo investigado pelo Grupo de Operações e Investigações (GOI).
Enquanto a polícia trabalha para esclarecer a verdade, Sueli busca forças para o que considera sua última missão como mãe: dar a Denis o descanso merecido, próximo da terra onde foram felizes. E, com a voz embargada, faz um apelo por compaixão: “Não tenho nada, só quero enterrar meu filho com respeito.”
Por: Redação - Jornal A Princesinha News