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Ex-servidor que matou pescador no rio em Aquidauana será levado a júri popular após quatro anos

Nivaldo Thiago Filho de Souza



O ex-servidor público Nivaldo Thiago Filho de Souza será submetido a júri popular, conforme decisão judicial anunciada pela juíza Kelly Gaspar Duarte. Ele é réu pela morte do pescador Carlos Américo Duarte, ocorrida em 1º de maio de 2021, na região do Touro Morto, em Aquidauana. 

Acusação: o que dizem os autos

De acordo com a denúncia, Nivaldo teria ingerido bebida alcoólica e, sem possuir habilitação para pilotar embarcações, assumiu o comando de uma embarcação chamada “Mambra Negra” em velocidade elevada.

Em uma curva no curso do rio, ele fez uma manobra indevida que resultou em colisão com outra embarcação, denominada “Beira Rio II”, onde estavam Carlos e seu filho como passageiros. 

Carlos foi atingido pelos impactos, sofreu ferimentos graves e não resistiu. Já o piloto e o filho que estavam na outra embarcação foram socorridos e receberam atendimento médico. Após o acidente, Nivaldo deixou o local sem prestar socorro, mas foi interceptado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ele se negou a fazer o teste do bafômetro, apesar de admitir ter bebido. 

Laudo da Marinha e imputações

O laudo da Marinha responsabilizou Nivaldo pelas causas do acidente, apontando:

  • conduzir embarcação sob efeito de álcool;

  • exceder a velocidade permitida;

  • desrespeitar normas de navegação e segurança em manobra de evasão de colisão. 

O documento identificou imperícia (falta de habilidade) e imprudência (falta de cuidado) como fatores decisivos para o desastre.

Na decisão da juíza, Nivaldo foi pronunciado para julgamento pelos crimes previstos no art. 121 do Código Penal (homicídio doloso), bem como pelas implicações agravadas relativas ao abandono de socorro, conforme legislação penal aplicável.

Em 2024, três anos após o crime, Nivaldo solicitou exoneração de seu cargo como assessor especial da Casa Civil, onde recebia vencimentos de cerca de R$ 11.200,00. 

Com a pronúncia, o processo segue para a fase de julgamento pelo Tribunal do Júri, no qual uma banca de cidadãos decidirá sobre a culpa ou inocência de Nivaldo. A expectativa é de que a sociedade acompanhe atentamente, considerando a gravidade do fato e o tempo decorrido desde o crime.

Vítima:  Carlos Américo Duarte


Por: Redação - Jornal A Princesinha News

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