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A recente ação do chamado Novo Cangaço em Mato Grosso acendeu o sinal vermelho nas forças de segurança de Mato Grosso do Sul. O ataque violento à agência do banco Sicredi, na cidade de Brasnorte (MT), na tarde da última quinta-feira (31), colocou novamente em evidência o alto poder de fogo e a ousadia desses grupos criminosos, que atuam em estilo paramilitar, cercam cidades pequenas e impõem pânico à população.
Em resposta à ofensiva, a Polícia Civil sul-mato-grossense, por meio do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), confirmou que está em alerta máximo. Segundo o delegado Reginaldo Salomão, há uma troca constante de informações entre as agências de inteligência da região para prevenir que o próximo alvo esteja em solo sul-mato-grossense. “O risco sempre existe, infelizmente”, disse o delegado.
Bando armado invadiu banco e levou reféns
Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que integrantes do bando, armados com fuzis, invadiram a agência bancária e saíram carregando malotes diretamente da sala do cofre. Na fuga, dois funcionários foram levados como reféns e libertados pouco depois, a 10 quilômetros do local. A caminhonete usada no crime, uma Hilux branca, foi encontrada abandonada em uma área de mata.
Mais de 100 agentes das forças de segurança — entre civis e militares — participam da caçada aos criminosos. Em Vilhena (RO), quatro suspeitos foram presos, incluindo homens que aparecem armados nas imagens do assalto. Duas pessoas envolvidas no suporte logístico da quadrilha também foram detidas. No sábado (2), o escândalo aumentou: dois cabos da Polícia Militar foram presos por suspeita de facilitar a fuga dos criminosos mediante pagamento.
O terror do Novo Cangaço
A atuação do Novo Cangaço segue o padrão de violência extrema, intimidação pública e grande aparato bélico. Inspirado simbolicamente no cangaço do sertão nordestino liderado por Lampião nos anos 1930, o novo modelo de criminalidade envolve metralhadoras, explosivos, estratégias de guerra urbana e sequestros.
Não é a primeira vez que a região vive esse tipo de terror. Em 2016, o mesmo estilo de ataque foi visto em Sonora (MS), onde uma quadrilha metralhou batalhões da PM, atacou a delegacia local e explodiu a única agência do Banco do Brasil, deixando um prejuízo superior a R$ 1 milhão.
Com a ameaça de novos ataques, as autoridades de Mato Grosso do Sul permanecem em alerta. O medo de que cidades de menor porte sejam alvos faz com que as estratégias de inteligência e monitoramento de fronteiras sejam reforçadas imediatamente.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News
*Campo Grande News*