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Mais uma vítima da negligência ambiental foi registrada na BR-262, em Corumbá, onde uma onça-pintada foi encontrada morta após ser atropelada. O animal, símbolo do Pantanal e ícone da biodiversidade sul-mato-grossense, teve o corpo recolhido pela Polícia Militar Ambiental (PMA) nas proximidades do posto conhecido como Buraco das Piranhas — trecho já marcado pelo alto número de atropelamentos de animais silvestres.
O caso se soma a outra morte recente: uma jaguatirica atropelada no mesmo local na última sexta-feira (20). Ambas as ocorrências reacendem o alerta sobre o impacto direto da rodovia na fauna nativa da região.
Segundo dados do Projeto Bandeiras e Rodovias, do ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres), entre maio de 2023 e abril de 2025, foram registrados mais de 2.300 atropelamentos de animais em um trecho de 350 quilômetros da BR-262, que corta áreas do Cerrado e do Pantanal, ligando Campo Grande à ponte sobre o rio Paraguai, conforme o TopMídiaNews.
Apesar da existência de algumas passagens subterrâneas e sinalizações, a maioria da estrada segue sem estrutura adequada para proteger a fauna. Em resposta tardia, uma licitação no valor de R$ 32,2 milhões está em andamento para contratar uma empresa que execute medidas de mitigação em 278,3 quilômetros da rodovia. Estão previstas passagens aéreas para animais, faixas exclusivas para pedestres, sinalização horizontal e controle de vegetação.
Enquanto os projetos seguem no papel, o asfalto continua ceifando vidas de espécies ameaçadas, revelando não só a vulnerabilidade dos animais silvestres, mas também o descompromisso histórico com a preservação ambiental em áreas de extrema riqueza ecológica.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News
