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| Jornal A Princesinha News |
Um crime bárbaro e revoltante abalou a cidade de Aquidauana neste fim de semana. Uma menina de apenas 4 anos de idade foi vítima de estupro de vulnerável dentro da Aldeia Indígena Ipegue. O autor, identificado como Ovando Pinto, de 61 anos, é tio da vítima e foi preso em flagrante após tentar fugir para a mata.
O abuso veio à tona no sábado (22), quando a mãe da criança foi buscá-la na casa de uma coleguinha para dar banho. Durante a higiene, percebeu que a filha se queixava de dor na região íntima. Desconfiada, insistiu para que a menina contasse o que havia acontecido.
“Ela não queria me contar. Aí eu falei: ‘Filha, se você não me contar, não vou te dar salgadinho’. Foi quando ela disse: ‘Tá bom’. E falou: ‘Foi o tio, mãe’. Perguntei o que ele fez. Ela respondeu: ‘Colocou a bola dele aqui’”, relatou a mãe, em depoimento exclusivo enviado ao Jornal A Princesinha News.
Desesperada, a mãe procurou ajuda médica. A criança foi levada ao hospital, passou por exames clínicos, laboratoriais e corpo de delito, que confirmaram o abuso sexual.
Imediatamente, a mãe acionou o Conselho Tutelar e a Polícia Civil. A denúncia gerou uma ação rápida das autoridades, mas Ovando, ao saber que seria denunciado, fugiu para a mata, dificultando as buscas iniciais feitas pela Polícia Militar.
Mesmo assim, os investigadores da Delegacia de Polícia Civil de Aquidauana não recuaram. Após horas de buscas, Ovando foi localizado na casa de parentes e recebeu voz de prisão.
“Ele machucou minha filha. O exame deu positivo. Agora quero justiça. Ele destruiu a infância dela”, desabafa a mãe, emocionada.
Durante o relato à nossa reportagem, ela também criticou a postura do cacique da aldeia, que, segundo ela, preferiu procurar o autor para conversar antes de acionar a polícia, o que deu tempo para a fuga:
“Eu achei errado. Enquanto fui até a cidade fazer o boletim de ocorrência, ele foi tentar conversar com o estuprador. E ele fugiu.”
Ovando Pinto é aposentado e conhecido dentro da comunidade. Agora, permanece preso na delegacia, à disposição da Justiça. Ele deve responder por estupro de vulnerável, crime previsto no artigo 217-A do Código Penal, com pena que pode ultrapassar os 15 anos de reclusão, podendo aumentar devido à idade da vítima e à condição de familiar próximo.
A Polícia Civil segue investigando o caso. O Ministério Público deve oferecer denúncia nos próximos dias. O Conselho Tutelar acompanha a família da vítima e oferece apoio psicológico.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News
