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Ilustrativa |
Mato Grosso do Sul entra oficialmente no radar da gripe aviária após registrar a primeira suspeita da doença em 2025. O caso foi detectado no município de Angélica, a 270 quilômetros de Campo Grande, em uma galinha de criação doméstica, segundo informações do painel de monitoramento de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), Daniel Ingold, confirmou que amostras da cloaca e da traqueia da ave foram coletadas e já estão em análise em um laboratório especializado em Campinas (SP). O resultado deve ser divulgado nos próximos dias.
Risco controlado, mas impacto global
Apesar da suspeita, as autoridades reforçam que esse tipo de investigação faz parte dos protocolos sanitários de rotina, especialmente em momentos de alerta, como o que ocorre no Brasil após a confirmação recente de gripe aviária no Rio Grande do Sul.
“Quando surgem casos confirmados em outros estados, é normal que haja aumento nas notificações, fruto da maior vigilância e do receio dos criadores”, explicou Ingold.
No entanto, mesmo antes da confirmação dos novos casos, os efeitos econômicos já são sentidos. O Brasil enfrenta atualmente a suspensão das exportações de carne de aves para mercados rigorosos como China, União Europeia, México, Coreia do Sul, Chile, Canadá, entre outros. Isso representa prejuízos bilionários ao setor, que é um dos pilares da economia de estados como Mato Grosso do Sul.
Investigação em 11 municípios brasileiros
Além de Angélica, a gripe aviária é alvo de investigação simultânea em outros 10 municípios de diferentes estados, incluindo Santa Catarina, Bahia, Pará, Tocantins e Rio Grande do Sul, onde a doença foi confirmada na última semana.
O último caso registrado em Mato Grosso do Sul havia ocorrido em 2023, na cidade turística de Bonito. Desde então, o estado permanecia livre da circulação do vírus.
Atenção redobrada
Mesmo tratando-se de uma criação doméstica, o caso em Angélica reforça a necessidade de vigilância por parte de produtores, granjeiros e até moradores rurais. A Iagro e o Ministério da Agricultura seguem monitorando e orientando os produtores para a adoção de medidas de biosseguridade.
A gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carnes ou ovos devidamente preparados, mas oferece risco à produção, à avicultura e pode, em alguns casos específicos, afetar a saúde humana quando há contato direto com aves doentes.
O governo de Mato Grosso do Sul orienta que qualquer suspeita de morte súbita ou sinais respiratórios em aves seja imediatamente comunicada à Iagro ou ao Mapa.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News