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Editado por Jornal A Princesinha News |
A administração do prefeito Mauro do Atlântico, em Aquidauana, parece ter se especializado em colecionar baixas no primeiro escalão. Em menos de dez dias após a saída do então secretário de Turismo e Cultura, Youssef Saliba, mais uma exoneração aparece no Diário Oficial do Município, publicado nesta sexta-feira, 24 de maio. Desta vez, quem deixa o governo é Ronaldo Ângelo de Almeida, que ocupava a Secretaria de Planejamento, Urbanismo e Obras Públicas.
O que se observa é um verdadeiro desmonte interno, reflexo de uma gestão que patina entre decisões duvidosas, falta de articulação e visível descontentamento até entre os próprios aliados. Ronaldo, profissional com quase duas décadas de experiência no serviço público e passagem consolidada por diferentes gestões, não resistiu nem seis meses no cargo. O mesmo destino teve outros nomes que, aos poucos, abandonam o barco.
A justificativa oficial apresentada pelo próprio ex-secretário é de que pediu exoneração. No entanto, o histórico de instabilidade crescente dentro da administração municipal deixa claro que há muito mais por trás dessa decisão. Não é coincidência que profissionais técnicos e experientes estejam, um a um, saindo de cena.
Ronaldo não é apenas mais um nome. É reconhecido por destravar projetos, captar recursos e viabilizar obras fundamentais, como o projeto recém-finalizado para a construção de 400 casas populares em Aquidauana. A saída dele representa muito mais do que uma simples troca de cadeira: é um prejuízo direto para a população, que verá obras atrasadas, projetos emperrados e uma cidade à deriva sem planejamento estratégico.
Um jogo de empurra-empurra que escancara a falta de rumo administrativo. Aquilo que deveria ser uma gestão comprometida com a população tem se transformado num campo de desgaste político, trocas constantes e paralisia decisória.
O ex-secretário, que iniciou sua carreira pública em 2006 e acumulou passagens de sucesso em Aquidauana e Dois Irmãos do Buriti, já sinaliza retorno ao município vizinho, onde seu trabalho é valorizado e reconhecido. Fica evidente que o problema não está na capacidade dos profissionais que saem — e sim na condução desorganizada de uma gestão que coleciona mais derrotas internas do que entregas para a sociedade.
Enquanto isso, quem perde é o povo de Aquidauana, que observa atônito a gestão escorregar cada vez mais no improviso.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News