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A gestão do prefeito Mauro do Atlântico vive uma de suas fases mais controversas à frente da Prefeitura de Aquidauana. Após promover uma série de exonerações que atingiram diretamente a estrutura da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo — setor historicamente fragilizado no município — e levar ao pedido de demissão do então secretário, Mauro agora aposta na nomeação de Pedro Henrique Mendes Fialho, o “Pepeu Fialho”, como novo titular da pasta.
O ato de nomeação, no entanto, levanta mais dúvidas do que esperanças. Em vez de uma solução construída com diálogo com a classe artística e os agentes culturais locais, a decisão parece atender mais a uma lógica de acordos políticos do que a um compromisso real com a cultura aquidauanense. A escolha de Pepeu, apesar de seu currículo técnico e atuação no turismo, surge num contexto de crise institucional provocada pela própria administração, e isso não pode ser ignorado.
Pepeu Fialho, de 41 anos, é aquidauanense e filho do médico pediatra José Fialho. É graduado em Turismo pela UNIDERP e em Zootecnia pela UEMS. Com experiência no setor turístico, inclusive no exterior, e formação política pela RenovaBR, assume uma secretaria desarticulada e esvaziada, justamente após o prefeito cortar funcionários que atuavam diretamente com projetos culturais e ações comunitárias.
A nomeação, marcada para esta quinta-feira (15), às 9h no auditório da SEMED, terá presença do próprio Mauro do Atlântico, vereadores e lideranças políticas, inclusive o ex-prefeito Odilon Ribeiro — padrinho político do novo secretário. Para muitos, a cerimônia será mais um ato simbólico de controle político do que um verdadeiro passo rumo à reestruturação da Cultura e Turismo no município.
Enquanto isso, artistas locais, produtores e demais trabalhadores do setor seguem sem respostas concretas sobre o futuro da área. A cultura, que já era tratada com pouca prioridade, agora enfrenta o risco de ser reduzida a uma ferramenta de conveniência política. Cabe à nova gestão da secretaria mostrar, com ações — e não apenas com discursos —, que a pasta poderá se reerguer em meio ao desmonte. Até lá, a desconfiança permanece.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News