Lula celebra retirada de tarifas pelos EUA e diz que medida demonstra respeito à diplomacia brasileira

Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou, nesta quinta-feira (20), a decisão dos Estados Unidos de suspender a tarifa de 40% sobre produtos brasileiros como café, carne bovina, frutas tropicais e sucos. Para Lula, a medida representa um gesto de respeito à diplomacia e ao diálogo mantido entre os dois países.

A declaração foi feita durante a abertura do Salão Internacional do Automóvel, em São Paulo. O presidente comparou a imposição das tarifas anteriores a uma “febre alta” e afirmou que decisões precipitadas podem levar a erros. “Eu não costumo tomar decisão com 39 graus de febre. Eu espero a febre baixar. Se você tomar decisão com febre, vai cometer um erro”, disse.

Lula destacou que ficou satisfeito ao ver o governo norte-americano começar a reduzir as taxações sobre produtos brasileiros. Segundo ele, a mudança é resultado do diálogo diplomático e da busca pelo reconhecimento internacional. “Essas coisas vão acontecer na medida em que a gente consiga galgar respeito das pessoas. Ninguém respeita quem não se respeita”, afirmou.

O presidente ressaltou ainda o empenho da equipe brasileira de negociação, liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelos ministros Fernando Haddad e Mauro Vieira. De acordo com Lula, o trabalho conjunto foi fundamental para avançar nas conversas e alcançar a retirada parcial das tarifas.

Mesmo celebrando o avanço, Lula afirmou que essa é apenas a primeira etapa e defendeu que o Brasil continue dialogando com os Estados Unidos para garantir acordos que fortaleçam a soberania nacional e atendam aos interesses de trabalhadores, agricultores e da indústria.

Nas redes sociais, Lula também agradeceu ao presidente Donald Trump pela decisão e afirmou esperar um encontro pessoal para “zerar qualquer celeuma comercial ou política” entre os dois países.

A decisão norte-americana deve aliviar setores importantes das exportações brasileiras, como o agronegócio, especialmente os produtores de café, carne e frutas.

Apesar da repercussão positiva no governo, críticas também surgiram. O deputado Eduardo Bolsonaro afirmou que a medida não se deve à diplomacia brasileira, mas a um esforço interno dos EUA para conter a inflação.

Por: Redação  - Jornal A Princesinha News