Sindicato declara inocência de professora acusada de tortura em Anastácio
19:43
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Anastácio (SITPAN) divulgou, nesta quinta-feira (9), uma nota oficial à imprensa afirmando que a professora Daiane Vila Crispim é inocente das acusações feitas contra ela.
De acordo com o documento, o sindicato destaca que, com base no inquérito policial e nos documentos anexos, a inocência da servidora foi comprovada de forma inequívoca por laudos emitidos pelo CREAS, que concluíram que a suposta agressão teria sido fruto da imaginação da criança, e pela Polícia Civil, que não encontrou indícios de crime.
“O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Anastácio/MS (SITPAN) manifesta publicamente que a professora Daiane Vila Crispim é inocente. A nota enfatiza que, de acordo com o inquérito policial e os documentos anexos, a inocência da servidora já foi comprovada de forma inequívoca por laudos do CREAS (que concluíram que a suposta agressão foi fruto da imaginação da criança) e pela Polícia Civil (que não encontrou indícios de crime)”, diz o comunicado assinado por Marcelo Nunes Sampaio, presidente do SITPAN.
O caso
O caso ganhou repercussão em Anastácio após uma mãe de uma criança de 8 anos procurar a Polícia Civil e registrar um boletim de ocorrência contra uma professora da Escola Municipal Josefa Maria da Conceição – Dona Zefa.
Conforme o registro policial, a mãe relatou que, ao se preparar para levar a filha à escola, a menina começou a chorar, dizendo não querer ir mais às aulas. Questionada sobre o motivo, a criança afirmou que a professora havia dito que quem demorasse a escrever levaria reguada na mão.
Preocupada, a mãe procurou a direção da escola e relatou o caso à secretaria, que, segundo ela, não tomou providências. Nos dias seguintes, a menina continuou frequentando as aulas, mas sempre chorando antes de ir para a escola.
Conforme publicado pelo Mídia Max, no dia 21 de agosto, a situação se agravou. A criança teria contado à mãe que, dois dias antes, a professora havia ficado sozinha com ela na sala de aula e usado um cortador de unhas para machucar o pé da menina, dizendo que iria “pintar uma unha preta igual à personagem Wandinha”. Segundo a denúncia, a professora ainda teria ameaçado a criança, dizendo que usaria spray de pimenta e cortaria a língua dela se contasse algo a alguém.
A mãe afirmou ter visto cortes no pé da filha, tirado fotos das lesões e procurado novamente a escola, onde uma reunião foi realizada com a direção, a professora e outros educadores. Durante o encontro, a professora negou todas as acusações, e a direção afirmou ser difícil que o fato tivesse ocorrido, destacando que crianças às vezes imaginam situações.
Mesmo assim, a mãe levou a filha a um psicólogo do posto de saúde, que iniciou acompanhamento psicológico. O caso foi registrado na delegacia e passou a ser investigado pela Polícia Civil.
Posição da direção da escola
A diretora da escola, Sirlene Moura dos Santos, também emitiu nota à imprensa destacando que a instituição colaborou integralmente com as investigações:
“A aluna foi matriculada no dia 12/08 e a mãe procurou a escola relatando o fato no dia 22/08. Reunimos todos os envolvidos, ouvimos e registramos tudo para que os fatos fossem analisados. A mãe registrou boletim de ocorrência e denunciou ao Conselho Tutelar. A escola está colaborando para que todos os fatos sejam esclarecidos e a verdade seja exposta. A instituição é tradicional, preza pelo bem-estar dos estudantes e não compactua com nenhum tipo de violência.”
O espaço segue aberto no Jornal A Princesinha News.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News.