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“Jogado na Santa Casa”: morador de Anastácio está há mais de 30 dias internado e corre risco de perder a perna

Jornal A Princesinha News



A família de Jorge Washington Lopes Cardoso, morador de Anastácio (MS), denuncia uma situação de negligência e descaso no atendimento da Santa Casa de Campo Grande. O paciente está internado há mais de 30 dias aguardando uma cirurgia ortopédica e, segundo familiares, corre o risco de perder a perna por falta de atendimento adequado.

O acidente aconteceu no dia 22 de setembro, por volta das 10h da manhã, e Jorge foi transferido no dia seguinte, 23 de setembro, por meio de vaga zero, recurso utilizado em casos de emergência. Desde então, ele segue internado sem previsão de cirurgia.

De acordo com relatos da família, o hospital se recusa a realizar o procedimento cirúrgico, alegando que o paciente foi encaminhado apenas para avaliação vascular. “O hospital fala que não tem estrutura para fazer essa cirurgia. Ele está com o joelho, a canela e o tornozelo quebrados”, relatou uma parente revoltada.




Ainda segundo informações, os médicos Dr. Ney e Dr. Thiago chegaram a colocar um fixador externo na perna da vítima, mas desde então nenhuma nova intervenção foi feita. “Os médicos da Santa Casa dizem que não querem mexer porque o caso seria de outro setor. Enquanto isso, ele sofre e corre o risco de perder o membro”, denunciou a família.

Desesperados, os parentes afirmam que já procuraram três vezes a direção do hospital de Anastácio em busca de ajuda, mas não tiveram retorno.

O caso escancara mais uma vez o caos no sistema público de saúde, onde pacientes são deixados à própria sorte em corredores e enfermarias, sem a devida assistência. Enquanto os hospitais discutem encaminhamentos, Jorge luta para não perder a perna — e a dignidade.

A Princesinha News tenta contato com a Santa Casa de Campo Grande para obter um posicionamento sobre o caso. Assim que houver resposta, a matéria será atualizada.

Situação crítica na Santa Casa: risco de colapso no atendimento público

A Santa Casa de Campo Grande, principal referência hospitalar de Mato Grosso do Sul, emitiu alerta sobre a possibilidade de colapso nos atendimentos devido à falta de reajuste no Convênio 3A/2021, firmado com o Município e o Estado para prestação de serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo a instituição, o convênio não recebe atualização financeira desde agosto de 2023, e seu término está previsto para o próximo dia 31 de outubro. Sem a renovação ou reajuste, a Santa Casa afirma que está operando com severo déficit financeiro e recorrendo ao endividamento para manter suas atividades.

A situação levou o hospital a recorrer à Justiça para que os gestores públicos assumam responsabilidades legais e garantam a continuidade dos atendimentos. Em decisão judicial, no início de outubro, foi dado prazo de 30 dias para que o impasse fosse solucionado, mas, segundo a instituição, não houve manifestação efetiva dos gestores até o momento.

A Santa Casa reforça que a criação de grupos de trabalho ou comissões não resolve a urgência da crise, que se arrasta há mais de 15 meses em meio a negociações infrutíferas com o Município e o Estado.

A direção do hospital alerta que a continuidade dos atendimentos depende de ação rápida e conjunta entre gestores públicos e representantes da sociedade civil.


Por: Redação - Jornal A Princesinha News 


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