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Reprodução |
A identificação dos corpos das vítimas do acidente aéreo ocorrido no Pantanal pode levar até três meses, segundo estimativa do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF) de Campo Grande. O procedimento é necessário para garantir a precisão na liberação dos corpos às famílias.
Vítimas do acidente
O acidente resultou na morte de quatro pessoas:
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O arquiteto chinês Kongjian Yu
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O documentarista Luiz Ferraz
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O diretor de fotografia Rubens Crispim Jr.
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O piloto Marcelo Pereira de Barros
O material genético das três vítimas brasileiras foi enviado ao IALF, assim como a coleta de DNA do filho de 8 anos do piloto, para confirmação da identificação.
Procedimentos de identificação
O estado dos corpos, em grande parte carbonizados, torna inviável a identificação por métodos tradicionais, como digitais. Por isso, os peritos utilizam partes mais resistentes ao calor, como dentes e cabeça do fêmur, para a extração de DNA. Em casos de vítimas carbonizadas, também pode ser utilizado o humor vítreo, líquido do globo ocular, que resiste a altas temperaturas.
O POP (Procedimento Operacional Padrão) da Coordenadoria Geral de Perícias estabelece que todo material biológico seja embalado, lacrado e identificado, garantindo a preservação da cadeia de custódia e maior confiabilidade nos resultados. Mesmo com presunções sobre a identidade dos corpos, eles só podem ser liberados às famílias após confirmação laboratorial.
Uma equipe de necropapiloscopia, especializada em queimados, foi deslocada de Campo Grande a Aquidauana para coletar digitais e outros materiais genéticos.
Circunstâncias do acidente
O avião, um Cessna 175, prefixo PT-BAN, realizava sobrevoos em fazendas do Pantanal e retornava para o Hotel Barra Mansa após as 18h, fora do horário permitido para pouso visual. Segundo testemunhas, durante o pouso a aeronave fez uma “arremetida” e logo em seguida desapareceu de vista, sendo encontrados destroços e fumaça no local.
O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) e a Polícia Científica investigam as causas do acidente.
Expectativa das famílias
Enquanto aguardam os resultados, familiares enfrentam angústia e incerteza, já que a liberação dos corpos depende da conclusão dos exames genéticos. A previsão de três meses é referente ao prazo padrão, mas o caso pode ser acelerado devido à repercussão e à necessidade de apoio internacional, considerando que uma das vítimas era estrangeira.
O governo do Estado, por meio da Polícia Científica, afirmou que está utilizando todos os recursos técnicos disponíveis para garantir que os laudos sejam emitidos de forma segura e responsável, assegurando que os corpos possam ser entregues com dignidade às famílias enlutadas.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News