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Morador enfrenta ataque de onça-pintada ao tentar salvar cachorro e reacende debate sobre convivência com animais silvestres em MS

MídiaMax


O que poderia ser mais uma madrugada tranquila às margens do rio Paraguai acabou se transformando em cena de tensão e bravura no bairro Generoso, em Corumbá (MS), cidade fronteiriça com a Bolívia. Um morador de 57 anos ficou ferido ao se deparar com uma onça-pintada no quintal de casa e tentar proteger seu cachorro do ataque do felino.

O caso aconteceu nesta quinta-feira (07), nas proximidades do Mirante da Capivara, área conhecida por sua beleza natural — e também pelos crescentes relatos de encontros entre humanos e animais silvestres. Segundo o Corpo de Bombeiros, o homem foi surpreendido ao ouvir latidos desesperados e, ao sair para verificar, acabou entrando em confronto direto com a onça.

Durante o embate, o morador sofreu cortes profundos na cabeça e no nariz, lesão no olho direito e fortes dores na região do tórax. A cena do ataque era marcada por muito sangue ao redor da residência, conforme relato dos bombeiros que prestaram os primeiros socorros. Apesar da gravidade dos ferimentos, o estado de saúde da vítima é considerado estável.

O cachorro, no entanto, não resistiu: acabou sendo levado pela onça, o que reforça a dor do morador, agora recuperando-se no hospital.

Conflito silencioso: quando o medo passa a fazer parte da rotina

Este novo episódio reacende um sentimento recorrente entre os moradores das áreas ribeirinhas de Corumbá: o receio constante de conviver com animais silvestres, especialmente onças. A presença do felino não é novidade para quem vive próximo ao Mirante da Capivara. Ao contrário: os relatos de avistamentos e ataques a animais domésticos se tornaram tão comuns que a população passou a se isolar dentro de casa por medo.

Muitos evitam sair até mesmo durante o dia, e as atividades rotineiras, como levar as crianças à praça, foram substituídas por portas trancadas e janelas fechadas. Moradores relatam viver em uma espécie de "prisão domiciliar informal", determinada não por decretos, mas pelo instinto de sobrevivência.

Autoridades em alerta

Após o ataque, autoridades municipais se reuniram para discutir medidas urgentes de segurança e preservação. Especialistas apontam que o aumento do contato entre seres humanos e grandes felinos pode estar relacionado ao desequilíbrio ambiental e à expansão urbana em áreas próximas ao habitat natural desses animais.

O caso do bairro Generoso não é isolado, mas um reflexo de um desafio cada vez mais comum: como garantir a segurança das comunidades sem comprometer a vida dos animais silvestres?

Enquanto a vítima se recupera e o bairro tenta voltar à normalidade, a discussão sobre ações preventivas, monitoramento e estratégias de coexistência volta à tona — como um chamado urgente à convivência equilibrada entre homem e natureza.


Por: Redação - Jornal A Princesinha News

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