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Brasileiro que confessou matar ex-mulher é indiciado por feminicídio no Paraguai

MídiaMax

Dilson Ramão Fretes Galeano, de 29 anos, brasileiro que admitiu ter assassinado sua ex-mulher, Dahiana Ferreira, de 24 anos, em Bella Vista Norte, no Paraguai, e enterrado o corpo em uma cova rasa em Bela Vista, Mato Grosso do Sul, foi formalmente indiciado por feminicídio.

A denúncia foi apresentada nesta terça-feira (12) pela promotora Mirtha Martínez. O crime ocorreu no lado paraguaio de Bella Vista Norte, mas também deu origem a um processo criminal no Brasil, onde o corpo de Dahiana foi encontrado enterrado.

Fretes Galeano está detido na Delegacia de Polícia Civil de Bela Vista. Como a lei brasileira não permite a extradição de cidadãos, ele será processado no país tanto por ocultação de cadáver quanto pelo feminicídio.

Segundo a confissão do réu, o assassinato ocorreu após uma discussão em território paraguaio, quando ele asfixiou Dahiana até a morte. Em seguida, transportou o corpo pelo Rio Apa até o lado brasileiro e o enterrou. O corpo foi localizado na última sexta-feira (8 de agosto).

Após o crime, Dilson se dirigiu a Campo Grande. No entanto, na segunda-feira (11), após apelo de sua mãe, que é paraguaia, ele compareceu à Delegacia de Bela Vista acompanhado de seu advogado, confessou o homicídio e foi preso.

A família da vítima relatou que Dilson não aceitava a separação, ameaçava Dahiana e que ela havia sofrido agressões físicas recorrentes ao longo dos nove anos de relacionamento. O casal tinha três filhos.

Crime detalhado

O delegado Renato Fazzo informou ao Jornal Midiamax que Dilson estava evadido da Justiça brasileira por um crime de roubo cometido em 2018. Ele confessou que matou Dahiana após suspeitar de um relacionamento extraconjugal da vítima, usando um golpe conhecido como mata-leão.

Após o assassinato, Dilson atravessou o Rio Apa carregando o corpo da jovem até o lado brasileiro para enterrá-lo. Ele já havia trabalhado como “tirador de areia do rio”, conhecendo bem a região de mata fechada.

O delegado Fazzo suspeita que o crime tenha sido premeditado, já que a polícia paraguaia encontrou uma cova aberta na residência do casal. Após o assassinato, Dilson retornou ao Paraguai, pegou um veículo e passou por Sidrolândia e Campo Grande, mas se envolveu em um acidente antes de voltar a Bela Vista e se entregar.

Processos e penas

Dilson é foragido da Justiça brasileira pelo roubo cometido em 2018. Ele responderá no Brasil pela ocultação de cadáver e no Paraguai pelo feminicídio. A Justiça paraguaia deverá solicitar, via diplomata, a extradição do suspeito após ele cumprir eventual pena no Brasil.

“Ele vai cumprir a pena pelo crime de roubo no Brasil e, posteriormente, o Paraguai, por meio de solicitação diplomática, poderá pedir a extradição para que ele responda pelo feminicídio”, explicou o delegado Fazzo.


Por: Redação - Jornal A Princesinha News

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