![]() |
MPMS |
Combinando rostos e vozes sintéticas com alto grau de realismo, os estelionatários produzem vídeos falsos que simulam situações reais, como se fossem pessoas verdadeiras. As aplicações vão desde relacionamentos virtuais com perfis falsos até supostos clientes elogiando produtos inexistentes, passando por aulas online ministradas por “professores” que sequer existem — todos criados por IA. Há até casos em que golpistas se passam por gerentes de banco para induzir vítimas a realizar transferências bancárias em tempo real.
Além disso, a clonagem de rostos e vozes também tem sido utilizada na disseminação de fake news, forjando declarações de figuras públicas para manipular a opinião da sociedade. Em comum, esses vídeos trazem um grau de fidelidade que confunde até os mais atentos.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) tem acompanhado com atenção o crescimento dessas práticas, que, embora recentes, já causam prejuízos reais e violam direitos fundamentais como a honra, a boa-fé e a dignidade das vítimas. Segundo o órgão, a facilidade de acesso às ferramentas de IA e a disseminação rápida dos conteúdos nas redes sociais criam um cenário propício para fraudes difíceis de detectar.
Em nota, o MPMS orienta a população a redobrar a atenção e a sempre verificar a veracidade de vídeos ou mensagens recebidas por aplicativos, redes sociais e plataformas de anúncios. Em caso de dúvida, o mais seguro é buscar a fonte oficial da empresa ou instituição mencionada.
A instituição também reforça que vítimas de golpes digitais ou pessoas que tiveram sua imagem ou voz utilizadas de forma indevida devem procurar as Promotorias de Justiça ou acessar a Ouvidoria, pelo site https://ouvidoria.mpms.mp.br.
Enquanto a inteligência artificial avança, cresce também a responsabilidade de usá-la com ética. E mais do que nunca, o combate aos crimes digitais exige informação, atenção e rigor das autoridades e da sociedade.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News