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Divulgação |
A BR-262, no trecho entre Miranda e Corumbá, voltou a registrar mais um episódio trágico envolvendo a fauna sul-mato-grossense. Na noite desta sexta-feira (20), uma jaguatirica foi encontrada morta após ser atropelada, reforçando o alerta sobre o alto número de acidentes envolvendo animais silvestres na região.
O flagrante foi feito por Thiago Ximenes, DJ conhecido em Corumbá, que retornava de Campo Grande por volta das 20h. Ao passar pelo trecho conhecido como Buraco das Piranhas, sentido Corumbá, ele se deparou com o corpo do animal estendido na pista.
“Vi algo na estrada e desviei rapidamente. Quando percebi que era um bicho pintado, achei que fosse uma onça. Voltei com o carro e, com a lanterna que sempre levo, fui ver de perto. Era uma jaguatirica de porte médio, provavelmente atropelada há pouco tempo, já que o sangue ainda estava fresco”, relatou Thiago.
Apesar do susto e do receio de encontrar outros felinos por perto, ele desceu com cautela e registrou a cena. “Foi muito triste ver um animal tão bonito morto assim. Pensei até que fosse um filhote e que a mãe estivesse nas proximidades. Mas, se ainda estivesse vivo, eu tentaria socorrer”, disse.
A imagem do animal morto no meio da estrada escancara um problema recorrente na BR-262. Segundo dados divulgados pelo Diário Corumbaense, aproximadamente 200 animais silvestres são atropelados por mês nesse corredor rodoviário, que corta regiões de intensa biodiversidade.
A morte da jaguatirica — espécie símbolo da fauna brasileira e importante para o equilíbrio ecológico — não é um caso isolado. O número de atropelamentos só cresce e revela a urgência de políticas mais eficazes para reduzir esses incidentes, como a instalação de passagens de fauna, redutores de velocidade e sinalizações mais visíveis em trechos de maior risco.
Enquanto isso não acontece, a BR-262 segue sendo palco de cenas tristes como essa, onde o progresso asfáltico segue atropelando a vida silvestre sem freio nem piedade.
A jaguatirica morta é mais um alerta ignorado em meio à pressa humana.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News