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Diretora investigada por envolvimento político em escola é demitida quase 10 anos após denúncias em Anastácio

Arquivo 

 

Quase dez anos após a abertura de investigações sobre condutas irregulares no ambiente escolar durante o período eleitoral de 2016, a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul (SED-MS) concluiu o processo administrativo contra a servidora Eliane Lopes Barbosa Carpejani. A demissão da professora foi publicada no Diário Oficial do Estado na última quarta-feira (4), resultado de pareceres emitidos pela Controladoria-Geral e Procuradoria-Geral do Estado.

Eliane ocupava dois cargos efetivos na rede estadual de ensino e atuava como diretora da Escola Estadual Roberto Scaff, em Anastácio, a 137 km de Campo Grande. Segundo a Resolução “P” CGE/MS N. 71/2025, a penalidade foi aplicada "a bem do serviço público", encerrando oficialmente o processo disciplinar que tramitava desde 2023.

O procedimento foi instaurado após a repercussão de denúncias feitas em 2016, durante o período das eleições municipais. Na época, a diretora foi acusada por um grupo de alunos e professores de utilizar a estrutura da escola para favorecer a candidatura de seu marido, Eduardo Carpejani. Embora Eliane sempre tenha negado qualquer irregularidade e atribuído o caso a motivações políticas, os desdobramentos resultaram na apuração interna pela SED.

O caso ganhou notoriedade quando os denunciantes procuraram o Ministério Público Estadual (MPE-MS) no fim de setembro de 2016. Durante o atendimento no órgão, novas tentativas de intimidação teriam sido flagradas, o que levou à intervenção da Polícia Militar.

Naquele pleito, Eduardo Carpejani foi eleito vereador pelo PTdoB, sendo o terceiro mais votado, com 476 votos. Posteriormente, foi reeleito em 2020 pelo PSDB, mas renunciou ao cargo em agosto de 2024, após condenação por "caixa dois" nas eleições anteriores. Ele teve os direitos políticos suspensos pela Justiça Eleitoral. A vaga foi assumida pelo segundo suplente do partido, Manoel Luiz da Silva.

Com a conclusão do processo administrativo disciplinar, o Estado encerra um capítulo que envolveu educação, política e denúncia de condutas impróprias em uma escola pública, reforçando o papel das instituições de controle na responsabilização de servidores.


Por: Redação  - Jornal A Princesinha News 

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