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Júri popular absolve homem acusado de homicídio em Aquidauana

Divulgação

Após quatro anos de espera, o caso envolvendo a morte do empresário Paulo Romualdo, em Aquidauana, teve um desfecho surpreendente nesta quarta-feira (7). O réu Ivan de Souza, de 46 anos, proprietário de uma autoescola, foi absolvido pelo Tribunal do Júri da Vara Criminal do município. O crime aconteceu em 28 de fevereiro de 2020, e desde então gerava forte comoção local.

Segundo os autos, naquela tarde, a vítima teria ido até a residência de Ivan, no bairro Serraria, para cobrar uma dívida relacionada à irmã do acusado. O encontro rapidamente evoluiu para uma discussão acalorada. No auge do conflito, Ivan desferiu três golpes de faca contra Paulo, que tentou escapar em seu carro, mas perdeu o controle da direção poucos metros depois. Ele colidiu com um poste e, em seguida, com uma árvore.

Mesmo socorrido com urgência, Paulo Romualdo não resistiu às lesões – as facadas atingiram costas, tórax e região da costela, provocando uma hemorragia interna fatal, conforme apontado pelo laudo pericial.

Ivan se apresentou à delegacia quatro dias após o ocorrido, no dia 2 de março. Em seu depoimento, afirmou ter agido em legítima defesa, alegando que a vítima chegou agressiva ao local e o teria atacado primeiro. Ivan ainda disse acreditar que Paulo estivesse armado no momento.

Durante o julgamento, a defesa trabalhou com três possibilidades jurídicas: legítima defesa, homicídio privilegiado e desclassificação do crime para lesão corporal seguida de morte. O Conselho de Sentença acolheu, por maioria dos votos, a versão da defesa e optou por absolvê-lo da acusação de homicídio.

Com a decisão do júri, a juíza Kelly Gaspar Duarte ordenou o arquivamento de provas relacionadas ao processo, incluindo a destruição da faca utilizada e a devolução do celular de Ivan, apreendido durante a investigação.

O caso segue gerando repercussão na cidade, tanto pelo resultado quanto pela reviravolta em um episódio que, à época, chocou a população local.

Paulo Romualdo (IN MEMORIM)


Por: Carlos Eduardo - Jornal A Princesinha News

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