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Divulgação |
Na noite de quarta-feira (12), Vanessa foi atacada dentro de casa, no bairro São Francisco, em Campo Grande, e, apesar dos esforços das equipes de resgate, não resistiu aos ferimentos. O crime aconteceu poucas horas depois de a vítima ter procurado a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) para registrar uma ocorrência contra o agressor.
A delegada Elaine Benicasa destacou, em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (13), a necessidade de aprimorar os trâmites judiciais das medidas protetivas. "Não foi falta de agilidade na prestação do serviço, mas precisamos aprimorar os processos para garantir mais segurança às vítimas", afirmou. Vanessa havia solicitado uma medida protetiva, mas o agressor não foi notificado a tempo.
A história de Caio revela um padrão de violência. Desde 2020, várias mulheres registraram ocorrências contra ele, denunciando agressões físicas e psicológicas. Em um dos casos, uma ex-namorada foi hospitalizada com queimaduras no rosto e nos braços. Outra ex-companheira relatou perseguição e ameaças após o fim do relacionamento.
Vanessa, como muitas vítimas de feminicídio, acreditava que não corria perigo iminente. "A nossa experiência nos faz perceber comportamentos abusivos que muitas vezes passam despercebidos pelas vítimas", ressaltou a delegada Benicasa. Investigadores também apuram a hipótese de que Vanessa estaria vivendo em cárcere privado, impedida de sair de casa pelo agressor.
O feminicídio de Vanessa reforça a necessidade de um sistema mais eficaz de proteção às mulheres. A Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande, funciona 24 horas e oferece suporte jurídico, psicológico e assistência social. Para denunciar casos de violência, as vítimas podem ligar para o 180 (Central de Atendimento à Mulher), 190 (emergências policiais) ou acionar o Promuse pelo WhatsApp no número (67) 99180-0542.
A violência contra a mulher é um problema estrutural, e casos como o de Vanessa reforçam a urgência de medidas mais eficazes para evitar que outras mulheres percam suas vidas para agressores reincidentes. O caso segue em investigação.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News