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Sem décimo terceiro, enfermeiros fazem manifestação em frente à Santa Casa de Campo Grande

Foto: TopMídiaNews

Enfermeiros da Santa Casa de Campo Grande realizaram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (22), em frente ao hospital, para cobrar o pagamento do décimo terceiro salário. Com faixas e cartazes, os trabalhadores reivindicaram o repasse imediato do benefício, que ainda não foi quitado pela instituição.

De acordo com a gestão do hospital, o pagamento do décimo terceiro depende de um repasse de aproximadamente R$ 9 milhões. A proposta apresentada prevê o pagamento de forma escalonada, em três parcelas, com vencimentos em 25 de janeiro, 25 de fevereiro e 25 de março de 2026.

A forma de pagamento, no entanto, é questionada pelo Siems (Sindicato dos Trabalhadores das Áreas de Enfermagem de Mato Grosso do Sul). A entidade afirma que não há respaldo legal para o parcelamento do décimo terceiro salário, defendendo que o benefício seja pago integralmente, conforme prevê a legislação trabalhista.

A reportagem procurou a Santa Casa de Campo Grande para comentar o assunto e esclarecer a situação dos repasses, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações futuras.



Colapso na saúde

A manifestação ocorre em meio a um cenário de grave crise enfrentada pela Santa Casa, o maior hospital a atender pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em Mato Grosso do Sul. Diante da situação, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) ingressou com uma Ação Civil Pública para evitar o agravamento do quadro, que envolve superlotação extrema, falta de insumos e dívidas acumuladas com médicos e fornecedores.

Na ação, o Ministério Público descreve a unidade como vivendo um “cenário de colapso institucional”, com setores funcionando acima da capacidade e um pronto-socorro constantemente superlotado. Um dos fatores apontados é uma reforma iniciada sem o devido planejamento financeiro, que permanece inacabada mesmo após dois anos.

O MP também relata que o hospital opera há anos em condições precárias, com pacientes aguardando atendimento em corredores, desabastecimento de medicamentos e insumos, falta de materiais cirúrgicos, além de atrasos nos pagamentos a profissionais e prestadores de serviços. Há, ainda, o risco concreto de paralisação de atendimentos de alta complexidade, somado à paralisação de diversos setores da unidade.

Diante desse cenário, o Ministério Público requer que o Estado, o Município e a Associação Beneficente de Campo Grande apresentem um plano emergencial para restabelecer o atendimento integral, regularizar estoques, reorganizar o fluxo do pronto-socorro e garantir um cronograma físico-financeiro para a retomada plena dos serviços.

A 76ª Promotoria de Justiça destacou que a crise ultrapassou os limites da gestão interna do hospital e passou a ameaçar diretamente o direito fundamental à saúde. A decisão estabelece ainda que o Estado, o Município e a Santa Casa apresentem, no prazo de até 90 dias, um Plano de Ação com soluções para a normalização dos atendimentos. Com informação do TopMídiaNews.


Por: Redação - Jornal A Princesinha News

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