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Uma suposta confraternização em uma chácara localizada na zona rural de Terenos, no interior de Mato Grosso do Sul, terminou com a presença da Polícia Militar Ambiental (PMA) após uma denúncia anônima revelar que, na verdade, o local abrigava uma rinha de galos.
A operação, realizada no sábado (3), foi desencadeada pela equipe da PMA de Campo Grande, que contou com o apoio do setor de inteligência. A denúncia apontava que o evento, aparentemente fechado para convidados, reunia diversas pessoas e era marcado por apostas ilegais envolvendo lutas entre galos — o que foi confirmado pelos agentes ao chegarem à propriedade.
Nos fundos da chácara, foi flagrado um verdadeiro cenário de crueldade. Enquanto um grupo consumia bebidas alcoólicas e incentivava as disputas em ringues improvisados, dezenas de galos eram mantidos em condições degradantes. Ao todo, 86 aves foram encontradas, muitas delas com ferimentos visíveis e outras presas em gaiolas precárias, sem acesso à água ou alimento. Um galo morto foi encontrado escondido no galpão, o que evidenciou o nível de violência praticado no local.
Ao ser abordado, um dos presentes se identificou como o dono da chácara e, também, o organizador do evento. Com a autorização dele, a PMA realizou buscas no imóvel e localizou uma espingarda calibre 36, 18 cartuchos intactos, pólvora, espoletas e cartuchos deflagrados — todos sob posse do suspeito, que também responderá por porte ilegal de arma de fogo.
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Além do organizador, outros quatro homens foram identificados como responsáveis pelos galos utilizados nas rinhas. Eles portavam dinheiro vivo, que seria utilizado para as apostas. Os cinco receberam voz de prisão e foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil.
Em relação às penalidades, o organizador foi multado em R$ 54.400,00, enquanto os outros quatro participantes receberam autuações no valor de R$ 900,00 cada, totalizando R$ 58.000,00 em infrações ambientais. Os animais, apesar do sofrimento evidente, permaneceram sob responsabilidade dos próprios tutores como fiéis depositários, até decisão posterior da Justiça.
A Polícia Militar Ambiental reforçou que a prática de rinha de galos é considerada crime grave e bárbaro, previsto no Art. 32 da Lei Federal nº 9.605/1998, que trata dos crimes contra o meio ambiente. A corporação reafirma seu compromisso com a proteção da fauna e salienta que continuará atuando firmemente para coibir ações desse tipo em todo o estado.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News