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O violento espancamento de um homem em situação de rua, ocorrido na tarde desta quinta-feira (10) na Praça do Jardim Alvorada, em Três Lagoas, não apenas comoveu quem presenciou a cena, mas também escancarou um problema crônico: a ausência de proteção, assistência e mediação de conflitos entre pessoas em vulnerabilidade social extrema.
A vítima, que não teve o nome divulgado, foi encontrada ensanguentada e inconsciente por volta das 15h. Segundo relatos, o homem foi atingido com uma tijolada na cabeça e, em seguida, brutalmente espancado. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestou os primeiros socorros no local. Devido ao risco de hemorragia intracraniana, ele precisou ser entubado na própria praça e encaminhado em estado gravíssimo ao hospital.
A Polícia Militar foi acionada imediatamente e conduziu à delegacia dois suspeitos que estavam nas imediações. Ambos, segundo testemunhas, também seriam moradores de rua. A motivação do ataque ainda está sendo investigada, mas os primeiros indícios apontam para um desentendimento entre frequentadores da praça — espaço que, na ausência de abrigos ou centros de apoio, acaba se tornando o “lar” improvisado de dezenas de pessoas desassistidas.
A Polícia Civil iniciou os procedimentos investigativos, colheu depoimentos e aguarda o laudo pericial que deve esclarecer as circunstâncias do crime. Enquanto isso, o caso revela, mais uma vez, o colapso da estrutura de acolhimento às pessoas em situação de rua, onde até mesmo desavenças banais podem escalar para níveis de violência extrema.
Especialistas em políticas sociais reforçam que sem intervenção do poder público, assistência psicológica e mediação comunitária, o ciclo de abandono e violência tende a se repetir — com vítimas invisíveis, à margem da cidade e da cidadania.
Por: Victor Ocampos - Jonal A Princesinha News -