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O Brasil amanheceu mais silencioso neste domingo (20) com a notícia da morte da cantora, empresária e figura pública Preta Gil, aos 50 anos. A artista faleceu nos Estados Unidos, onde estava desde maio realizando um tratamento experimental contra um câncer reincidente. O corpo será trazido ao Brasil nos próximos dias, mas ainda não há confirmação sobre local e data do velório, nem se a cerimônia será aberta ao público.
Mais do que uma cantora, Preta Gil se consolidou como uma voz corajosa, que nunca hesitou em enfrentar os preconceitos e transformar sua dor em arte, presença e resistência. Filha de Gilberto Gil e Sandra Gadelha, Preta construiu uma carreira sólida tanto na música quanto nos bastidores da cultura e da comunicação digital. Foi responsável por álbuns que marcaram época e por um dos blocos de carnaval mais vibrantes do país, o Bloco da Preta, que chegou a reunir meio milhão de pessoas nas ruas do Rio de Janeiro.
Além disso, era sócia da Mynd, uma das maiores agências de marketing de influência do Brasil, onde se destacou como uma empresária visionária, conectada com os temas da diversidade e da transformação social.
Desde o diagnóstico de câncer no intestino em 2023, Preta enfrentou a doença com dignidade e transparência. Compartilhou suas batalhas com o público, ajudando a desmistificar o sofrimento e mostrando que é possível viver com força mesmo diante da fragilidade. Após entrar em remissão, a doença voltou em 2024 com metástases, o que a levou a tentar um tratamento nos EUA – sua última esperança.
O impacto da perda foi sentido imediatamente em todo o país. A Prefeitura do Rio de Janeiro decretou luto oficial de três dias e personalidades de diferentes áreas manifestaram pesar e carinho pela trajetória da artista.
Entre os depoimentos mais emocionantes, está o da apresentadora Bela Gil, sua irmã por parte de pai, que publicou: “Minha maior grande perda. Minha eterna inspiração e alegria.” A atriz Carolina Dieckmann, amiga íntima, esteve com Preta nos seus últimos dias e compartilhou: “Foi o maior presente do mundo estar com você. Te fazer carinho até o fim foi um privilégio.”
Luciano Huck também prestou sua homenagem: “Preta foi a Preta até o fim. Forte, generosa, luminosa. Ainda não consigo acreditar. Fomos Amigos — com A maiúsculo — por mais de 25 anos.”
Zezé Motta lembrou a convivência com Preta desde a infância: “Ver essa pessoa enfrentar a vida com coragem, lutar até o fim contra um câncer com dignidade e bravura, nos deixa uma grande lição.” A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou sua autenticidade: “Preta se tornou uma das artistas mais amadas, inspiradoras e autênticas do nosso país.”
Até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou homenagem: “Preta era uma pessoa extremamente querida e admirada pelo público. Os palcos e os carnavais que ela tanto animou sentirão sua falta.”
Para a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, Preta foi “uma mulher que enfrentou o racismo, o machismo, a gordofobia e a doença sem nunca perder sua ternura, nem sua voz.”
A comoção nacional mostra que o legado de Preta Gil ultrapassa o palco. Ela deixa o filho Francisco Gil, a neta Sol de Maria, milhares de fãs e uma história marcada por amor, coragem e representatividade. A cantora partiu, mas sua força e brilho continuam vivos em cada uma das lutas que abraçou – e nos corações de todos que aprenderam a amar sua verdade.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News