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O pastor Davi Nicoletti, conhecido nas redes sociais por seu discurso voltado à prosperidade financeira e recentemente envolvido em polêmica ao chamar o presidente Lula (PT) de “ladrão” durante um culto, agora enfrenta outra controvérsia: ele é investigado pela Polícia Civil de São Paulo (PCSP) por supostamente usar a Igreja Ministério Recomeçar, da qual é fundador, para lavar dinheiro oriundo de um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas.
Segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), mais de R$ 4 milhões foram movimentados nas contas da igreja em um único ano, valor que teria origem em operações da empresa MDX Capital Miner Digital LTDA, investigada por fraudes e estelionato. O inquérito apura se os depósitos foram usados para maquiar recursos obtidos de forma ilícita.
Nicoletti, que acumula mais de 70 mil seguidores no Instagram, afirma que tudo não passa de uma “narrativa mentirosa”. Em nota, a defesa do pastor alegou que o inquérito que investigava a existência de um crime antecedente à lavagem de dinheiro já foi arquivado pela Justiça, com aval do Ministério Público, por falta de indícios. No entanto, o procedimento que apura diretamente o uso da igreja no esquema ainda segue em aberto.
Declarações polêmicas e justificativas
No último mês, Nicoletti ganhou notoriedade nas redes após um vídeo em que aparece dizendo "eu odeio pobre" e chamando Lula de “ladrão” durante um culto. A declaração foi duramente criticada, e o pastor se defendeu dizendo que foi mal interpretado, afirmando que sua fala se referia a uma "mentalidade de escassez" que, segundo ele, impede o crescimento financeiro dos cristãos.
Durante o mesmo culto, também criticou fiéis que “roubam o altar” e ainda se dizem contra a corrupção, causando novo embate com o público.
Sobre a relação com a empresa investigada
Nicoletti também se manifestou sobre a MDX Capital, dizendo que nunca teve qualquer vínculo comercial, societário ou de benefício com a empresa, embora admita que um dos seus administradores frequentava a Igreja Recomeçar como membro comum. "As doações feitas por esse e outros frequentadores foram esporádicas, como ocorre em qualquer instituição religiosa", justificou.
Por fim, o pastor afirma que os valores mencionados no relatório do Coaf não condizem com a realidade da igreja. Segundo ele, as arrecadações de 2019 não passaram de R$ 1,5 milhão, considerando as seis unidades que estavam ativas na época.
Apesar dos esclarecimentos, o Ministério Público ainda avalia se arquivará ou dará prosseguimento à apuração sobre a movimentação financeira da igreja. Até lá, as suspeitas seguem em investigação.
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Por: Redação - Jornal A Princesinha News
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