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Agência Brasil |
Apesar de apresentar os primeiros sinais de estabilização, Mato Grosso do Sul segue com número elevado de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo o boletim InfoGripe divulgado nesta quarta-feira (12) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O levantamento analisou dados da Semana Epidemiológica 23, correspondente ao período de 1º a 7 de junho.
De acordo com a Fiocruz, o país vive uma alta atípica de casos de SRAG neste ano. Em apenas quatro semanas, o número de notificações quase dobrou em relação ao mesmo período de 2023 — um crescimento de 91%. A maioria das internações tem sido provocada pelos vírus influenza A e Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que afetam especialmente crianças pequenas e idosos.
Entre os estados que mostram um possível início de desaceleração ou interrupção na curva de crescimento estão Mato Grosso do Sul, Acre, Tocantins, Espírito Santo e o Distrito Federal. No entanto, o alerta permanece: mesmo com esse sinal de estabilidade, os níveis de internação nessas regiões ainda são considerados muito altos.
A pesquisadora Tatiana Portella, da equipe do InfoGripe, reforça que a influenza A tem impactado todas as faixas etárias, com maior gravidade entre os idosos. Já o VSR é apontado como a principal causa de hospitalização entre crianças.
“Por isso, a gente reforça a importância da vacinação contra a gripe. Essa é a principal forma de prevenir casos graves e óbitos”, destacou a pesquisadora. Ela também recomenda o uso de máscaras em locais fechados e de grande circulação em caso de sintomas gripais.
Cenário nacional preocupa
Em nível nacional, os dados apontam crescimento expressivo de casos de SRAG entre idosos e adultos jovens em capitais como Rio de Janeiro, Curitiba, Goiânia, Florianópolis e João Pessoa. A Fiocruz também chama a atenção para o impacto contínuo do VSR nas crianças e a circulação simultânea de outros vírus respiratórios, como rinovírus, influenza B e Sars-CoV-2.
Nas últimas quatro semanas, os testes positivos para os vírus em circulação revelaram a seguinte prevalência:
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Influenza A: 40%
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Vírus Sincicial Respiratório (VSR): 45,5%
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Rinovírus: 16,6%
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Sars-CoV-2 (Covid-19): 1,6%
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Influenza B: 0,8%
Entre os óbitos registrados no período, o vírus influenza A esteve presente em 75,4% dos casos, seguido por VSR (12,5%), rinovírus (8,7%) e Covid-19 (4,4%).
A Fiocruz segue monitorando a situação e reforça a importância da vacinação como principal medida de proteção para conter a gravidade e a disseminação das doenças respiratórias no país.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News