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Mesmo após deixar Aquidauana em frangalhos, o ex-prefeito Odilon Ribeiro aparece como “nome forte” em uma pesquisa de intenção de votos para deputado estadual em 2026. O levantamento, realizado pelo Instituto Ranking Brasil Inteligência, aponta Odilon com 0,27% das intenções — um número que, embora pequeno, está sendo alardeado como sinal de força política. Mas a dúvida que fica é: de onde saiu essa força?
Moradores ouvidos pela nossa reportagem foram unânimes: ninguém foi consultado, ninguém participou da tal pesquisa. A sensação geral é de estranhamento, senão desconfiança. Afinal, como confiar em um levantamento supostamente espontâneo que sequer passou pela porta do cidadão comum?
Enquanto a mídia tenta pintar um quadro de crescimento político, o rastro de destruição deixado por Odilon em Aquidauana permanece vivo na memória de quem ficou para lidar com o rombo. Mauro do Atlântico, atual prefeito, herdou uma cidade sucateada, com a reforma do hospital municipal paralisada, o laboratório em estado de abandono, a tradicional Lagoa Comprida esquecida e bairros inteiros clamando por atenção. E o pior: com as finanças públicas comprometidas.
A conta chegou, e quem paga é o povo. Mauro tem enfrentado as consequências de uma gestão que, ao contrário do que prega o discurso de bastidores, foi marcada por promessas não cumpridas, obras inacabadas e um rombo orçamentário preocupante. Mesmo assim, Odilon reaparece agora, ao lado de velhos aliados e em ritmo de pré-campanha, como se o passado pudesse ser varrido para debaixo do tapete.
É no mínimo uma afronta à inteligência da população acreditar que uma candidatura pode florescer sem prestar contas do legado deixado. A pergunta que fica é: será que o povo vai cair de novo na mesma armadilha?
Odilon pode até contar com o apoio de lideranças políticas, mas resta saber se terá o respaldo de uma população que já viu de perto os efeitos de sua gestão. O povo de Aquidauana — e do Mato Grosso do Sul — merece mais do que promessas e pesquisas duvidosas. Merece respeito, memória e, acima de tudo, responsabilidade.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News
