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Ilustrativa |
Uma grande ofensiva contra crimes de falsificação e corrupção na regularização fundiária foi deflagrada nesta terça-feira (27) em Coxim, a 253 km de Campo Grande. A ação, que faz parte da segunda fase da Operação Grilagem de Papel, tem como foco combater práticas que comprometem a legalidade na ocupação urbana.
Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, quatro medidas cautelares e nove mandados de busca e apreensão, resultado de um trabalho minucioso do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), da Unidade de Combate aos Crimes Digitais e de Inteligência Cibernética (UICC) e da 1ª Promotoria de Justiça de Coxim.
Além das prisões, a operação determinou o afastamento de três servidores públicos, suspeitos de colaborarem com o esquema. Eles são investigados por crimes como corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
De acordo com o MPMS, o grupo atuava na produção e emissão ilegal de certidões de regularização fundiária urbana (REURB), utilizadas para dar aparência de legalidade a terrenos que já tinham propriedade definida, burlando a legislação vigente. A fraude permitia que imóveis fossem transferidos para os próprios integrantes da quadrilha, familiares ou terceiros que pagavam propina para garantir o documento.
Durante as buscas, foram apreendidos celulares, documentos e materiais que podem aprofundar as provas do esquema, que envolvia tanto agentes públicos quanto particulares com acesso a processos internos da administração municipal.
O Ministério Público destacou que a operação reforça o compromisso das instituições no combate a práticas que prejudicam a organização social, a justiça fundiária e o desenvolvimento urbano correto. As investigações seguem em andamento para identificar outros possíveis envolvidos e desmantelar totalmente a rede criminosa.
Por: Redação - Jornal A Princesinha News