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A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul capturou no último domingo (4), em Rio Verde de Mato Grosso, um homem de 44 anos foragido desde abril após tentar matar a ex-companheira a facadas, mesmo sob medidas protetivas. A prisão de V.M.S. foi o desfecho de uma força-tarefa conduzida por equipes do Departamento de Polícia do Interior e do Departamento de Polícia Especializada, após quase um mês de buscas intensas.
O crime ocorreu em São Gabriel do Oeste no dia 14 de abril. Mesmo ciente das restrições judiciais que o impediam de se aproximar da vítima, o agressor invadiu sua residência e desferiu vários golpes de faca, na frente do filho dela, de apenas 9 anos. Gravemente ferida, a mulher conseguiu dirigir até o hospital municipal e, em seguida, foi transferida em vaga zero para a Santa Casa de Campo Grande. Após o atentado, a Polícia Civil ofereceu suporte e proteção reforçada à vítima.
A tentativa de feminicídio, no entanto, não foi um episódio isolado. V.M.S. possui uma longa ficha criminal, incluindo tráfico de drogas, porte ilegal de arma, violência doméstica e diversos episódios de descumprimento de medidas protetivas. Em novembro de 2024, chegou a ser preso por porte ilegal de arma e voltou a descumprir ordens judiciais. Foi liberado após manifestação da própria vítima, que à época acreditava não estar mais sob risco.
A reaproximação do casal acabou em nova ruptura, desta vez definitiva. Inconformado com o fim da relação, V.M.S. iniciou uma perseguição obsessiva que culminou no ataque brutal em abril deste ano.
Desde então, a Polícia Civil mobilizou esforços contínuos, monitorando áreas rurais e cidades vizinhas. A prisão foi realizada após rastreamento que indicava a presença do foragido em Rio Verde de Mato Grosso, após ter circulado por Camapuã e São Gabriel do Oeste.
Agora sob custódia, V.M.S. responderá por tentativa de feminicídio, somando mais um crime à sua extensa ficha. O caso levanta novamente o alerta sobre a urgência de respostas mais eficazes do sistema de Justiça diante de agressores reincidentes e a necessidade de políticas que garantam real proteção às vítimas de violência doméstica.