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Nesta quinta-feira (08), Anastácio comemora seus 60 anos de emancipação política. Mas enquanto o município celebra, uma ferida ainda aberta pulsa no coração de muitos: a tragédia que tirou a vida do ex-vereador Dinho Vital, exatamente nesta mesma data, um ano atrás.
Dinho morreu de forma cruel, baleado às margens da BR-262, logo após participar de uma festa em comemoração ao aniversário da cidade, em uma chácara onde bebidas, políticos e promessas se misturavam. O que era para ser uma noite de alegria se transformou em luto eterno.
Filho da atual vice-prefeita de Anastácio, o ex-vereador foi visto pela última vez em um vídeo gravado durante a confraternização, usando uma camisa azul, em meio a uma confusão. Pouco depois, foi retirado do local. Momentos depois, estava caído no asfalto, com dois tiros no corpo. Ali se calava uma voz combativa, um pai, um marido, um filho.
Neste aniversário da cidade, nenhuma homenagem foi feita a Dinho. Nenhuma palavra. Nenhum minuto de silêncio. Como se sua história tivesse sido apagada. Como se a dor de sua família não fosse digna de lembrança.
O caso teve diversas versões, mas apenas um fim: ninguém foi preso, ninguém foi responsabilizado. A frase amarga que tantos conhecem se fez novamente real — "só perde quem morre". E a cidade segue, como se nada tivesse acontecido, como se os filhos de Dinho não chorassem até hoje sua ausência.
Enquanto os fogos estouram para celebrar mais um ano de Anastácio, um silêncio pesado paira sobre a BR-262. Ali, onde a vida de um homem foi arrancada, a justiça falhou, a memória foi ignorada e a tristeza ficou.
Viva Anastácio aos 60 anos. Mas que jamais esqueçamos de quem partiu de forma tão injusta neste mesmo dia.
Por: Carlos Eduardo - Jornal A Princesinha News
