Padrasto de menina de 11 anos é preso sob suspeita de estupro e homicídio

O caso da morte brutal da estudante Ana Alice Santos França, de 11 anos, em Serrana (SP), teve uma reviravolta dramática neste sábado (15). A Polícia Civil confirmou a prisão temporária do padrasto da menina, Douglas Junior Nogueira, de 32 anos, sob suspeita de envolvimento no crime de estupro de vulnerável.

A prisão ocorreu na casa da mãe do suspeito, em Santa Rosa de Viterbo (SP), intensificando a indignação e o clamor por justiça que paira sobre a cidade. O corpo de Ana Alice foi enterrado horas antes, na manhã do mesmo sábado, em meio à dor profunda da família.

O caso, inicialmente, foi tratado com a suspeita de tentativa de suicídio. Nogueira, o padrasto, alegou ter encontrado a menina desacordada na sala, com um cordão enroscado no queixo, na noite da última terça-feira (11), quando saía para buscar a mãe da criança no trabalho.

No entanto, a equipe médica da Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE) em Ribeirão Preto mudou o curso das investigações ao identificar material semelhante a sêmen no corpo da menina, além de lesões na região genital e hematomas no pescoço. A Polícia Civil imediatamente passou a tratar o caso como estupro de vulnerável.

O Delegado Marcelo Melo Garcia de Lima confirmou que as evidências médicas foram cruciais para a mudança no foco da investigação e a decretação da prisão temporária.

Detalhes da Investigação

Ana Alice estava internada desde o dia do socorro, vindo a falecer na quinta-feira (13). Na terça-feira, ela foi deixada em casa sob a guarda do padrasto e na companhia de dois irmãos, uma adolescente de 15 anos e um rapaz de 19.

A polícia agora se concentra na análise de diversas provas:

• Laudos Periciais: A conclusão do exame necroscópico feito pelo Instituto Médico Legal (IML) é aguardada com urgência para determinar a causa exata da morte e confirmar a natureza das lesões.

• Perícia em Objetos: Roupas íntimas, itens de higiene pessoal e, principalmente, os celulares do padrasto, da mãe e da própria vítima foram recolhidos e serão periciados em busca de vestígios ou comunicações que ajudem a montar o quebra-cabeça do crime.

A defesa de Douglas Junior Nogueira não foi localizada até a última atualização da reportagem. O pai de Ana Alice, profundamente abalado, reforçou durante o enterro o pedido por punição severa ao autor do crime.

A comunidade e as autoridades esperam que a prisão temporária e os próximos laudos periciais tragam respostas definitivas e garantam que a justiça seja feita no caso que chocou Serrana e região.

Por: Redação - Jornal A Princesinha News