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O que parecia ser mais um caso de sequestro-relâmpago na fronteira entre Brasil e Paraguai agora ganha contornos de um possível golpe armado com ajuda de alguém próximo. Um brasileiro de 60 anos, analista de sistemas, foi sequestrado na noite de terça-feira (15) dentro de sua casa, em Zanja Pytã, povoado paraguaio vizinho ao distrito de Sanga Puitã, em Ponta Porã (MS).
Segundo informações da Polícia Nacional do Paraguai, o homem foi surpreendido por três criminosos armados com facas, que invadiram sua residência e exigiram transferências via Pix para contas indicadas por eles. Ao lado do homem, estava uma mulher de 34 anos — com quem ele mantinha um relacionamento casual — e que agora é peça-chave da investigação.
Sequestro ou armação?
Depois de ser forçado a fazer transferências bancárias, o analista foi levado junto da mulher no carro da vítima, um SUV Geely. Ele foi deixado sozinho próximo ao Trevo da Cuia, já no lado brasileiro, enquanto os sequestradores e a mulher desapareceram no sentido do Paraguai.
Inicialmente tida como vítima, a mulher passou a ser investigada como suspeita de envolvimento direto na ação criminosa. A reviravolta veio após inconsistências no relato e o fato de que não há sinais de violência contra ela.
A polícia agora trabalha com a hipótese de que a mulher tenha ajudado os criminosos a invadir o imóvel — e até mesmo arquitetado a abordagem, utilizando o vínculo afetivo com a vítima como isca.
Desaparecida e sem pistas
A brasileira, que ainda não teve o nome divulgado, segue desaparecida desde o ocorrido. Segundo a vítima, o relacionamento entre os dois era esporádico e sem compromisso fixo. No entanto, a confiança dele foi o suficiente para deixá-la dentro de casa — o que pode ter sido decisivo para a execução do crime.
Os assaltantes pularam o muro por volta das 23h10, renderam o casal e iniciaram a extorsão. Desde então, autoridades dos dois países monitoram possíveis movimentações financeiras e locais onde a mulher e os suspeitos possam ter se escondido.
Investigação cruzada
A Polícia Nacional do Paraguai e a Polícia Civil brasileira já estão em cooperação para esclarecer o caso. A linha de investigação agora se concentra em apurar se houve premeditação por parte da mulher, bem como identificar os três homens que participaram diretamente da ação.
Enquanto isso, o brasileiro tenta se recuperar do trauma psicológico e financeiro causado pelo golpe. O valor exato das transferências via Pix ainda não foi divulgado oficialmente.
Por: Victor Ocampos - Jornal A Princesunha News -
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